quarta-feira, 15 de outubro de 2008

“MORTO COBRIDO DE AMOR”, ANTÓNIO LOBO ANTUNES

“Pensava que uma das poucas qualidades que tinha era a ausência de inveja. Não é verdade. Invejo os poetas. O que eu queria mesmo, o que mais queria neste mundo, o que mais desejava mas não tenho talento, era ser poeta. Até aos dezanove, vinte anos, só escrevi poemas. Descobri que eram maus, que não era capaz, que me faltava o dom. Foi um achado tremendo para mim, a certeza que a minha vida perdera o sentido. E então, aflito, desesperado, a medo, comecei a tentar outra coisa, porque não me concebia sem uma caneta na mão.”

- ler aqui a crónica de António Lobo Antunes na Visão.


- achado aqui no Porosidade Etérea.

1 comentário:

Unknown disse...

Adoro este "ruminar" do António Lobo Antunes. Andava tão longe das minhas primeiras investidas na poesia. Foi uma boa surpresa. Obrigada.