sábado, 6 de dezembro de 2008
"NOVOS RUMOS DA POESIA"
(...)
"As dificuldades crescentes na circulação e entrada nas livrarias representam, por isso, segundo os vários interlocutores auscultados pelo JN, o principal problema que actualmente enfrentam quem escreve, vende e edita poesia. "
- ler aqui o artigo de Sérgio Almeida no JN.
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE PINTURA "PERCURSOS" DE ANA DEL RIO COM DESENHOS DE HELENA REIS
Inauguração da exposição de pintura "Percursos", de Ana del Rio, esta tarde, pelas 17:00, no Clube Literário do Porto, com um momento poético por Ana Borges. A mostra estará patente na Galeria e na Cave no CLP até ao dia 15 de Dezembro.
Da exposição fazem ainda parte alguns desenhos de Helena Reis.
MELODIAS DE SEMPRE NO CLUBE
HOJE
no CLP
às 23:00
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O AMBIENTE LETRA A LETRA” DE ANTÓNIO ELOY
Trata-se de um pequeno dicionário sobre o Ambiente, com fotografias de Rui Cunha e prefácio de José Eduardo Agualusa.
António Eloy, o autor descreve de uma forma simples mas rigorosa o significado de algumas palavras-chave das nossas vivências e preocupações actuais.
- saber mais aqui.
HOJE
no CLP
às 21:30
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
CONCERTO “PRESENÇA LATINA”
HOJE
no CLP
às 23:00
CICLO PLANETA VIVO: “Da evidência da alma”
Reflexões sobre a descoberta pessoal e do retorno à evidência, com prefácio do Dr. Luís Portela, Presidente da Bial.
HOJE
no CLP
às 22:00
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
"TRAÇOS DE MESTRE" DE JÚLIO RESENDE
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
“CHÁ DA NOITE”, FILME DE LUÍS MOYA NO CLP
SINOPSE: Judas, um dos três ladrões que assalta a casa de uma senhora de idade, acaba por ser surpreendido por uma série de peripécias de final macabro.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
UE CRIA PRÉMIO DE LITERATURA PARA NOVOS TALENTOS
- ver aqui a notícia no Público.
LANÇAMENTO DE "KANIMAMBO", DE TÂNIA JORGE
- saber mais aqui sobre a obra.
“O AMBIENTE LETRA A LETRA” DE ANTÓNIO ELOY
No próximo sábado, dia 6 de Dezembro, o Clube Literário do Porto recebe a apresentação do livro "O Ambiente Letra a Letra”, de António Eloy, Edições Colibri. A apresentação estará a cargo de Serafim Riem.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
INTER-CIDADES, HORA DE PARTIDA
EXPOSIÇÃO DE PINTURA “PERCURSOS” DE ANA DEL RIO
se hace camino al andar...
"Este é um dos poemas mais conhecido do poeta sevilhano António Machado, portador de um interessante conteúdo filosófico, lembrando, a questão da prioridade essência/existência.
“Percursos”, caminho, caminhante… quis render uma humilde homenagem a este grande poeta com alguns dos meus quadros expostos na sala de exposições da cave do Clube Literário, a exposição, da Galeria, complementa este meu “percurso”pictórico.
Em outras palavras: não há um caminho pronto, predestinado, já devidamente aberto e aplainado, sobre o qual só resta ao caminhante pisar e prosseguir. A vida não é um tabuleiro de xadrez, com todas as regras do jogo inalteradamente estabelecidas e com o rumo das peças definido de modo que jamais se desviem. São os passos dados e a direcção escolhida que tornam a jornada bem ou mal sucedida. É o andar que faz o caminho. Ou o descaminho, se ruins forem as escolhas e impensados os passos.
Queremos, por uma necessidade dar sentido e significado à nossa peregrinação, que fique algo do que sonhamos, daquilo pelo que lutamos ou do que tenhamos construído, como testemunho altissonante da nossa ligeira passagem.
Se ao andar fazemos o caminho, e se o caminho é curto, andemos com sabedoria e lucidez, a fim de que permaneçam os feitos das nossas mãos — ou, no caso, as marcas dos nossos pés."
- Ana Del Rio
SUGESTÕES DE LEITURA PARA DEZEMBRO, por Rui Manuel Amaral
O que é que ainda falta dizer a propósito de Dom Quixote? Um livro que marcou todo o cânone literário ocidental e cuja frescura se mantém intacta, ano após ano, século após século, desde que se publicou o primeiro volume, entre 1604 e 1605? Um livro tão ou mais moderno do que qualquer outro acabado de sair do prelo? Um livro que transcende a própria literatura?
Pode ler-se cem vezes o romance do Engenhoso Fidalgo e de todas elas encontrar-se-á novos e acrescidos motivos para saborear as suas inesgotáveis situações cómicas, o tom non sense de muitos dos seus diálogos, os seus impagáveis personagens maiores do que a vida.
Em 2005, ano em que se comemoraram os 400 anos da publicação dos primeiros exemplares da obra, a Relógio D’Água e a Dom Quixote lançaram duas novas edições do romance de Cervantes, com traduções de José Bento e Miguel Serras Pereira, respectivamente. Se há livro de leitura e releitura obrigatórias, esse livro é o Dom Quixote.
Laurence Sterne, Vida e Opiniões de Tristram Shandy, 2 vols., Antígona, 1997.
Tristram Shandy ou o “livro dos livros”, como escreve Manuel Portela, o tradutor da única versão portuguesa da obra-prima de Laurence Sterne, começou a ser publicado em 1759, a expensas do próprio autor, depois de vários editores terem recusado fazê-lo. Em poucas semanas transformou-se num dos maiores fenómenos de vendas do seu tempo. Um best-seller com milhares de exemplares vendidos e várias reimpressões, para glória e fortuna do reverendo Sterne.
O motivo para tão entusiástico sucesso parece-me relativamente simples de explicar. É que não há nada mais divertido do que ver a respeitável, altiva e orgulhosa literatura tropeçar logo na primeira frase do livro, e cair aos trambolhões ao longo de nove extensos volumes e trinta e três capítulos, sem pausas para recobrar a compostura.
Depois do Shandy, a literatura apresenta-se de rastos, descabelada, desfigurada, desconcertada e acometida por um violento ataque de nervos. Não há cânones, convenções ou formalismos que resistam ao diabólico poder satírico de Sterne. Como diz Manuel Portela, “Tristram Shandy é um manifesto da liberdade de escrita e dos poderes do livro”.
Fiódor Dostoiévski, A Submissa e Outras Histórias, Editorial Presença, 2006.
Décimo quarto volume das obras de Fiódor Dostoiévski, editadas pela Presença. Reúne um conjunto de contos, escritos entre 1862 e 1877, menos conhecidos no quadro da obra canónica do autor russo, mas que revelam um Dostoiévski surpreendentemente divertido e muito próximo, por exemplo, da tradição satírica de Gógol.
“Uma História dos Diabos”, “Apontamentos de Inverno sobre Impressões de Verão” e o fantástico “Crocodilo”, exploram magistralmente o humor, a sátira e a paródia para ridicularizar os poderes da época (social, político, económico), e são dos contos mais desconcertantes e divertidos da literatura russa.
A quem interessar esta faceta, digamos, mais cómica de Dostoiévski, outro livro imperdível é “Um Sonho do Tio” (Assírio & Alvim, 2000). Ambos traduzidos pelos incontornáveis Nina Guerra e Filipe Guerra.
Augusto Monterroso, A Ovelha Negra e Outras Fábulas, Angelus Novus, 2008.
Um macaco que queria ser um escritor satírico, a mosca que sonhava ser uma águia, o mocho que queria salvar a humanidade, o camaleão que decididamente não sabia que cor escolher para si e um cavalo a imaginar Deus. Eis algumas das histórias que fazem deste livro uma verdadeira preciosidade.
“A Ovelha Negra” é um conjunto de pequenas ficções povoadas por bichos raros e caprichosos que, entre outras excentricidades, estão apostados em subverter todas as fórmulas e convenções da fábula clássica. Tudo isto resulta num imenso divertimento e num olhar muito peculiar sobre a natureza humana, pleno de humor e sarcasmo. O autor explica: “O humor é o realismo levado às últimas consequências. Com a excepção da literatura pseudo-humorística, tudo o que o homem faz é risível e jocoso.”
Augusto Monterroso (1921-2003) é tradicionalmente considerado um dos principais mestres do conto breve e este livro é o volume inaugural da colecção “Microcosmos”, a primeira em Portugal dedicada exclusivamente à microficção. A tradução, irrepreensível, é de Ana Bela Almeida.
Rui Lage, Corvo, Quasi, 2008
Declaração de interesses: sou amigo do autor. Ora, mesmo correndo o risco de estar a violar alguma espécie de lei das incompatibilidades, não posso deixar de recomendar a última obra de Rui Lage, “Corvo”. Este é simplesmente o mais belo livro de poemas que li em 2008. Um olhar duro e acutilante do Portugal dos nossos dias. Um país que voltou as costas a si próprio, em nome de uma falsa modernidade e de uma ideia de progresso que não passa, como é sabido, da mais pura ficção. “Corvo” é um retrato brutal de nós mesmos, temperado com uma delicadíssima dose de humor e ironia que o tornam verdadeiramente singular. Um exemplo:
AS ÚLTIMAS ALDEIAS
Tão curta visita
ó pais domingueiro
do verso cosmopolita:
amanhã também te vais
quem ficará para tocar
o gado por esses montes,
travar a fome das silvas
a bocarra dos matagais,
quem salvo gatunos
de mochilas com vontade
ao recheio de molduras,
lustres, santos de altar,
incensórios, castiçais,
até que o cerco do mato
rasure dos mapas a placa
como dos trilhos faz tempo
o chiar do carro de bois?
Rui Manuel Amaral nasceu no Porto, em 1973, cidade onde vive. É coordenador literário da revista aguasfurtadas. Caravana é o seu primeiro livro. Colabora no blogue Dias Felizes e é também baterista da banda rock The Jills.
domingo, 30 de novembro de 2008
FILOSOFIA (D)E CAFÉ
Esta tarde, no Piano Bar do Clube Literário do Porto, durante "Um café filosófico", organizado pela Revista Um Café.
UM CAFÉ FILOSÓFICO NO CLUBE
HOJE
no CLP
às 16:00