“Numa época em que a ciência nos ensina que o Universo está numa cada vez mais acelerada expansão de natureza exponencial, e que isso implica que, dentro de pouco tempo, formas físicas tal como as que conhecemos deixarão de ser possíveis, percebemos, ao lançarmos um atento e tranquilo olhar a nossa volta, que a velocidade vertiginosa em que vivemos imersos no nosso quotidiano, não é de forma alguma provocada pelo homem.
O homem, ínfima estrutura vivente, quando comparado com a imensidão de poder dos grandes movimentos do Universo, nada é e nada pode, apesar da sua inesgotável arrogância.
Chegados ao século XXI, vemos que tudo treme por debaixo dos frágeis pés das humanidade, que lenta e inexoravelmente está sendo colocada frente a frente com a sua própria criação, uma criação completamente dessincronizada tanto das leis que regem a terra, como das grandes leis do Universo.
Quando alguém se torna consciente do circo irreal das aparências em que todo o planeta vive mergulhado, esse alguém percebe, de facto, que nada é, que, de facto, nada sabe.
O humano que chegou a esse estado, já não se gasta a querer mudar o mundo, pois percebe que nem o mundo quer mudar, nem ele tem qualquer possibilidade de poder mudar o mundo. Esse humano torna-se então extremamente Silencioso, e nesse estado percebe que uma outra voz começa a falar dentro de si, a Voz do Silêncio, uma voz que não provém da sua personalidade biológica, mas sim das estruturas mais profundas do Ser.
Só então esse Ser-Humano entra n’O CAMINHO PARA O SILÊNCIO, o Único Caminho Real.”
- Luis M Lopes.
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