sábado, 3 de janeiro de 2009

MELODIAS DE SEMPRE COM ALBERTO MENDONÇA

Melodias de Sempre no Piano Bar do Clube Literário do Porto, esta noite com música de Alberto Mendonça (piano).
HOJE
no CLP
às 23:00

NOTA: EXIBIÇÃO DE "FERRO VELHO" ADIADA

A exibição da curta-metragem "Ferro Velho" de Bernardo Camisão e Pedro Flores, inicialmente prevista para o dia 4 de Janeiro, foi adiada para Segunda-feira, dia 5 de Janeiro, pelas 18:00h.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

CONCERTO: JOSÉ RITO

Esta noite, concerto no Piano Bar do Clube Literário do Porto, com música de José Rito.

HOJE
no CLP
às 23:00

ARQUIVO HEMINGWAY

Três mil documentos inéditos da autoria de Ernest Hemingway vão estar disponíveis online já em Janeiro.

- achado aqui no blogue da Revista Ler.
- ler aqui a notícia completa no PNET Literatura.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

SUGESTÕES DE LEITURA PARA JANEIRO por António Pedro Ribeiro

“Assim Falava Zaratustra“ - Friedrich Nietzsche, Relógio D’ Água Editores

Longo poema profético, anti-Bíblia, assim se pode caracterizar “Assim Falava Zaratustra”, a obra imortal de Friedrich Nietzsche.
“Zaratustra” é uma crítica ao cristianismo e às sociedades do rebanho. Não se dirige ao que se dilui na multidão, ao que age sempre como os outros agem, ao que não tem rosto, ao que não possui o poder de uma vontade afirmativa. Não faz a apologia dos pobres, dos humildes, dos doentes, dos fracos nem promete o Reino dos Céus. O profeta Zaratustra nega o Reino dos Céus e proclama a morte de Deus. A morte de Deus representa o fim e o declínio da formulação de Deus que a metafísica clássica ocidental construiu. A ideia de Deus para o cristianismo corresponde a um sistema de valores que, segundo Nietzsche, o homem deveria abandonar e substituir por outro. A resignação, a docilidade, a simplicidade e o servilismo seriam substituídos pelo orgulho, pelo egoísmo, pela vontade de potência, pela sensualidade e pela nobreza de espírito. O homem procede à transvalorização de todos os valores. Mas não qualquer homem. O homem superior, o super-homem. Zaratustra fala aos vencedores, aos afirmadores da vida, aos que querem viver o aqui e o agora, aos que têm a Terra como único reino. Zaratustra opõe-se aos sacerdotes e aos moralistas, aos “acusadores da vida”, aos que negam e detestam a vida, aos que reprimem e condenam a volúpia, aos que associam as paixões e as pulsões vitais ao diabo e ao pecado, aos que pregam o Outro Mundo. Celebra a carnalidade, a vida vivida, a sensualidade, o simples gozo de existir.
“Zaratustra” é também um hino à liberdade, à liberdade de criação, ao espírito livre. O homem superior é um menino e um grande bailarino. “É aquele que não tem preconceitos, que faz da vida um jogo permanente, que se passeia na corda-bamba do devir”. O menino, a criança é o criador de novos valores, é o espírito livre. O querer liberta. A vontade que cria é libertadora. O homem superior é o homem livre.


“Memórias de um Alcoólico“ - Jack London, Edições Antígona

“Os devotos de John Barleycorn são assim. Quando lhes bate à porta a boa sorte, bebem. Quando não têm sorte, bebem na esperança de boa sorte. Se a sorte é madastra, bebem para esquecer. Se encontram um amigo, bebem. Se discutem com um amigo e perdem essa amizade, bebem. Se os seus assuntos amorosos são coroados de sucesso, ficam tão felizes que é obrigatório beberem. Se forem abandonados, bebem pela razão contrária. E se não têm nada para fazer, pois bem, tomam uma bebida, seguros de que, quando tiverem tomado um número suficiente de bebidas, as larvas começarão a rastejar nos seus cérebros e não terão mãos a medir com coisas para fazer. Quando estão sóbrios querem beber, e, quando bebem, querem beber mais.”
“Memórias de um Alcoólico” de Jack London é um tratado quase sociológico e sem falsos moralismos acerca do consumo do álcool e do alcoolismo. London descreve magistralmente a vida de “saloon” no início do séc. XX e a sua relação com o álcool. A bebida como sinal de virilidade e de sociabilização, a bebida ao lado da aventura e do romance, a bebida como símbolo de camaradagem, a dependência e os efeitos, está tudo na prosa de London que, em conclusão, defende a proibição do álcool.


“Guy Debor“ - Anselme Jappe, Edições Antígona

Anselm Jappe analisa o percurso teórico do principal mentor da Internacional Situacionista, Guy Debord.
Vivemos numa sociedade-espectáculo, uma sociedade marcada pela contemplação passiva de imagens, escolhidas por outros, que substitui a vivência e a capacidade de modificar os acontecimentos por parte do individuo. O espectáculo torna a comunicação exclusivamente unilateral, é aquele que fala enquanto os outros se limitam a escutar. A separação está na base do espectáculo. Às celebridades, aos actores ou aos políticos cabe representar os aspectos ausentes da vida pobre e desinteressante dos restantes indivíduos. Em todas as esferas da vida a realidade é substituída pela sua imagem.
Não é do homem e das suas obras que o espectáculo trata mas da mercadoria e das suas paixões. Toda a vida humana se submeteu às leis da economia. A Internacional Letrista, os situacionistas e a arte, a crítica da vida quotidiana, os situacionistas e os anos 60, Maio de 68 e depois e o mito Debord são outros dos temas abordados.


A. Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 68. É licenciado em Sociologia e foi fundador da revista “Aguasfurtadas”. Vocalista da banda punk-rock MANA CALORICA & LAS TEQUILLAS. e desde há 19 anos que diz poesia e actua em performances poéticas por todo o país.

“Saloon” é o título do seu último livro de poesia, publicado pelas Edições Mortas. Publicou ainda a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro. Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" (Objecto Cardíaco, 2006), ("Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Edição Pirata, 2004) e "À Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001).
- escreve nos blogues Trip na Arcada e Xamãs.

domingo, 28 de dezembro de 2008

REPORTAGENS DA RTP SOBRE A ENTREGA DO PRÉMIO DO CLP AO ESCRITOR LOBO ANTUNES

-ver as reportagens da RTP aqui e aqui.

ANTÓNIO LOBO ANTUNES NA CERIMÓNIA DE ENTREGA DO PRÉMIO DO CLP

O Prémio Clube Literário do Porto tem "um significado muito maior do que um prémio no estrangeiro, por maior nome que o prémio tenha".

- ler aqui a notícia na Visão.

UM CAFÉ FILOSÓFICO NO CLUBE LITERÁRIO DO PORTO

HOJE
no CLP
às 16:00