sábado, 4 de outubro de 2008

NOITES DE OUTONO com José Rito

Noites de Outono no Clube Literário do Porto, hoje com música de José Rito (piano).


HOJE
no CLP
às 22:30

VOLTAM AS QUARTAS MAL DITAS AO CLP

As "Quartas Mal Ditas" voltam a ter lugar no clube Literário do Porto, a partir do dia 22 de Outubro, pelas 22:00, sob o tema “Dióspiros & outros frutos”.

O poeta convidado é Daniel Maia-Pinto Rodrigues.

EXPOSIÇÃO DE PINTURA “DEVANEIOS DE COR E LUZ”

Inauguração da exposição de Pintura “Devaneios de Cor e Luz” de Yasmin dos Anjos, esta noite, dia 4 de Outubro, às 17:00 no CLP.




- saber mais aqui sobre o trabalho da artista.

Yasmin dos Anjos é artista autodidacta, nascida na cidade do Porto, a 18 de Novembro de 1980. Licenciou-se na área de Gestão, mas o seu percurso vocacional e filosofia de vida ditaram um destino bem diferente.
Em Dezembro de 2007, publica o primeiro livro, “Nas asas do amor - Diário de Reflexão e Poesia”, com ilustrações da Josephine Wall, e realiza a sua primeira exposição de pintura na emblemática Herbolarium.
Yasmin diz beber de fontes ligadas à espiritualidade, procurando espelhar as visões da alma nas suas pinturas e nos seus escritos, reflectindo neles toda uma série de elementos simbólicos, oníricos, filosóficos, alegóricos, utópicos, arquetípicos e mesmo alguns elementos ligados à magia e ao encantamento, esses capazes de resgatar a nossa criança interior.

- saber mais aqui sobre a artista.


A exposição “Devaneios de cor e luz” estará patente na Cave do Clube Literário do Porto até ao dia 16 de Outubro.

HOJE
no CLP
às 17:00

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE PINTURA “A MESA”, de Céu Costa

Inauguração da exposição de pintura “A mesa” de Céu Costa, esta noite, às 21:30, no Clube Literário do Porto.




-Fotografia de Luís Pisco.

A exposição “A mesa” estará patente na Galeria do CLP até ao dia 15 de Outubro.

HOJE
no CLP
às 21:30

DINIS MACHADO

“O escritor Dinis Machado morreu esta sexta-feira em Lisboa, aos 78 anos, disseram à agência Lusa as editoras Bertrand e Assírio & Alvim.“

- ler aqui a notícia completa no JN.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

APRESENTAÇÃO DO LIVRO “AMOR, CITTÀ APERTA”

O Clube Literário do Porto recebe hoje, às 21:30, Danyel Guerra para a apresentação audiovisual do livro “Amor, Città Aperta”, Armazém Literário, com leitura de textos por Matilde Monteiro.



Durante a apresentação, serão exibidos excertos do filme “La Dolce Vita“, de Fellini.

HOJE
no CLP
às 21:30

FESTA DAS VINDIMAS 2008 NO CLP

Esta noite, no Clube Literário do Porto, as cantigas ao desafio pelo Grupo de Danças e Cantares de Nossa Senhora de Guadalupe.


HOJE
no CLP
às 22:30

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OFICINA DE ARTE CONTEMPORÂNEA: “ARTE DE OLHAR E VER"

Partindo do estudo das vanguardas artísticas do séc.XX, vamos descobrir a nova relação entre o público e a arte actual.

FORMADORES: Catarina Rocha e Rita Pinto


EM BREVE

MARKETING PERFEITO PARA UM LIVRO

Em matéria de publicidade, não há operação de marketing que resulte melhor do que a censura de um livro, diz Nicholas Lezard, no blogue do The Guardian.

“There's nothing like a ban to give a book a good reputation. The struggle between free thought and government is an endless one, but when someone bans a book, the book has won.”

“But at least when books were being banned it showed someone was taking them seriously – even if they were looking at them upside-down, or through the wrong end of a telescope. The worst thing that can happen to a book is complete indifference.”

- ler aqui o artigo completo no The BooksBlog do The Guardian.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

“A EUROPA AINDA É O CENTRO DO MUNDO DA LITERATURA”

A Academia Sueca dá início à polémica, antes mesmo de ser anunciado o Nobel da Literatura.

Numa entrevista à Associated Press, Horace Engdahl afirma que os Estados Unidos não chegam aos calcanhares da literatura europeia, porque “não traduzem o suficiente” e não participam no “grande diálogo da literatura”.

“Bad news for American writers hoping for a Nobel Prize next week: the top member of the award jury believes the United States is too insular and ignorant to compete with Europe when it comes to great writing.”

“"Of course there is powerful literature in all big cultures, but you can't get away from the fact that Europe still is the center of the literary world ... not the United States," he told The Associated Press in an exclusive interview Tuesday.”

- ler aqui a entrevista completa na AP.

DIA MUNDIAL DA MÚSICA NO CLP

O Clube Literário do Porto assinala esta noite, às 21:30, o Dia Mundial da Música com um concerto comemorativo pela voz de Sérgio Martins (tenor) e música de Ángel González (piano).


HOJE
no CLP
às 21:30

SUGESTÕES DE LEITURA PARA OUTUBRO por Rui Costa

“Rimbaud” - Yves Bonnefoy, Cotovia (2004)

Nunca fui fanático de biografias mas esta conquistou-me. Bonnefoy alia a inteligência à sensibilidade, a intuição à lucidez, e isto é raro como o rapaz de olhos azuis que escreveu tudo até ao fim da infância, marcada pelo “atentado metafísico” que sofreu através da mãe, que lhe suscita a frase: “A Senhora está demasiado a prumo na planície.” Mas talvez nunca tenha conseguido libertar-se dela, nem de Cristo, “o eterno roubador de energias.” O amor não lhe calha bem, é um inválido do coração, mas nunca renuncia ao desejo. Não encontra a vida verdadeira (isto é lá coisa que se encontre?) e acaba paralisado numa cama, de regresso à esfera materna, pronto a morrer no açougue onde o canibalizamos ainda um pouco mais.


Um livro de micro-ficção, um “não-género” que dá os primeiros passos em Portugal. Como escrevi num artigo recente para uma revista, “o que mais me atrai na micro-ficção é a sua extrema aptidão para a promiscuidade. A micro-ficção não é um género literário, é a riqueza da impossibilidade de o ser. Confunde os géneros e deixa-nos (bem) perdidos no caminho para qualquer definição.” Rui Manuel Amaral, cujos textos conhecíamos do blog “dias felizes”, também participa na “Primeira Antologia de Micro-ficção Portuguesa” (Exodus, 2008), que organizei. Em “Caravana” dá-nos textos como este:

“O meteorologista”
Quando o sol tem dificuldades de natureza interna e não consegue evacuar as matérias redundantes, enfia um meteorologista no cu. (Infelizmente não sou poeta e por isso não sei dizer isto de uma maneira mais bela e justa.) Pois bem, só depois de o astro-rei se sentir aliviado das desordens e angústias do corpo, as previsões voltam a bater certo.
São assuntos de que a ciência evita falar.


1. “Estórias Domésticas” é uma casa-fialho, antítese da casa-televisão que aparece na capa, metáfora inversa e desligada porque vinda do futuro, como um ovni ou aquela pedra negra do filme do Kubrick que tanto perturba os macacos.

2. A casa-fialho é uma casa-corpo, isto é, uma casa-macaco, o mais longínqua possível dos seres que nos visitam e se deixam entrever nas alucinações motivadas por insuficiência alcoólica. Fialho é fialho e não gosta de cyborgs, a menos que se chamem, por exemplo, moura ou guerreiro ou quitéria.

3. Existir é representar mais uma vez a corrupção do corpo, castigá-lo até ao esquecimento. Esquecimento é uma palavra-órgão do corpo-fialho e daí a insónia, porque a insónia resulta do terror do sono onde não haja mais nada para esquecer. Não haver nada para esquecer é igual a perder o corpo. É como não haver mais álcool pra beber ou cigarros pra fumar, quase tão mau como, por exemplo, ter uma obra ou conquistar a santidade.

4. A salvação – essa puta – é tornarmo-nos, pela primeira vez na nossa epopeia azul, mortais. O corpo-fialho não quer ser Travolta, quer ser um “Travolta qualquer” (p 86), esse mesmo que diria “cozi-me por dentro” (p 25), “cortar-me todo” (p 35), “até desfazer retinas” (p 44) ou “estive perto de me afogar” (p 34); Travolta, como um verdadeiro herói, ter-se-ia afogado.

5. Claro que o autor-fialho depois (de fechar o livro) liga a televisão. Faz dieta durante alguns minutos, respira fundo três vezes, preocupa-se com não desiludir o editor. Sabendo que as estórias domésticas são apenas quase verdadeiras, voltamos a lê-las mais um ror de vezes.

“A Resistência dos Materiais” - Rui Costa, Exodus (2008)

É o romance/trance que publiquei no início de 2008. Sobre ele disse Henrique Fialho isto: “A Resistência dos Materiais - romance alegórico para ser lido como um longo poema em prosa, escrito num ritmo que nunca entedia a leitura e desafia constantemente a imaginação do leitor, revelador de uma capacidade narrativa que, pretendendo fugir à banalidade, nunca resvala num hermetismo infundamentado. O grau de dificuldade deste romance é proporcional à inércia do leitor, ao pouco empenho que possa este revelar na fruição de uma história contada como um rastro que se vai deixando num matagal de metáforas extraordinárias. Há uma cidade, e na cidade decorre uma investigação científica sobre a propriedade das sombras. Os frutos dessa investigação terão consequências inimagináveis ao nível do domínio e da capacidade de influenciar os comportamentos humanos, pelo que importa manter o maior sigilo acerca das conclusões entretanto alcançadas. O que teremos, então, é uma metaforização das relações de poder estabelecidas, numa qualquer sociedade, entre os diversos agentes envolvidos numa investigação, na descoberta da verdade, na ânsia do poder. Desde logo, a negra Rafaela, filha do Comissário das Novas Descobertas, onde todas as sombras serão depositadas; o Escritor, aquele cuja função é roubar as sombras dos vivos; Maria, a mulher sem sombra que pode penetrar nas sombras dos outros, a quem cabe roubar as sombras dos mortos; os Donos, modo subjectivo de chamar à liça os homens que detêm o poder, sejam eles políticos, forças económicas, etc…” (in http://antologiadoesquecimento-leituras.blogspot.com/2008/05/resistncia-dos-materiais.html )



Rui Costa nasceu no Porto em 1972. Estudou Direito em Coimbra e foi advogado durante seis anos, em Lisboa e Londres. Concluiu um mestrado em Saúde Pública em Leeds, Inglaterra. Actualmente é professor na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave.


Em 2005 publicou “A Nuvem Prateada das Pessoas Graves” (Quasi Edições), livro vencedor do Prémio de Poesia Daniel Faria. Em 2007 recebeu, pelo romance “A Resistência dos Materiais”, o Prémio Albufeira de Literatura. Participou em diversas publicações, nomeadamente: “Poema Poema -Antologia de Poesia Portuguesa Actual” (U.Stabile, Huelva, 2006); “A Sophia – Homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen” (Caminho, 2007); “Um Poema para Fiama” (Labirinto, 2007); “Sulscrito – Revista de Literatura” (Arca, 2007).

- colabora no blogue Insónia

terça-feira, 30 de setembro de 2008

ARMANDA PASSOS E OS ALUNOS DA CADEIRA PARADE




No encerramento da exposição Cadeira Parade 2007, Armanda Passos esteve no Clube Literário do Porto para conhecer o trabalho dos alunos da Escola E.B 2/3 de Cristelo.

Cecília Moreira, em representação do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende, esteve também presente para conversar com os jovens artistas e professores envolvidos no projecto.

Trinta crianças encheram hoje os espaços do Clube Literário do Porto para voltarem a sentar-se nas cadeiras que, em 2007, redesenharam com base na obra de artistas portugueses.

ARMANDA PASSOS NO CLP COM OS ALUNOS DA CADEIRA PARADE





JOVENS ARTISTAS DA CADEIRA PARADE NO CLP

No último dia de exposição da “Cadeira Parade 2007” no CLP, os alunos e professores envolvidos no projecto vão voltar a sentar-se nas cadeiras que redesenharam com base no estudo das obras de artistas nacionais.

O evento contará com a presença da pintora Armanda Passos, em cuja obra os alunos se inspiraram.



Os jovens artistas da Escola EB 2/3 de Cristelo vão estar hoje, dia 30 de Setembro, no Clube Literário do Porto, para falarem sobre a experiência de transformar um objecto do quotidiano em arte.

MÁRIO CLÁUDIO VENCE PRÉMIO FERNANDO NAMORA / ESTORIL SOL

“Ao galardão, na sua 11ª edição, concorreram 90 títulos «entre os quais se encontravam os mais cotados escritores portugueses, o que é um testemunho bem elucidativo do prestígio alcançado por este prémio literário, quando a Estoril Sol que o institui comemora o seu cinquentenário», afirmou à Lusa um dos jurados.”

- ler aqui a notícia completa no Diário Digital

PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DE BRASÍLIA NO CLP

O Clube Literário do Porto recebe, no dia 7 de Outubro, o Presidente da Academia de Letras de Brasília, José Carlos Gentili, para uma conferência sobre a Academia brasileira.

- saber mais aqui sobre a Academia de Letras de Brasília.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

LER DEVIA SER PROIBIDO



Campanha de incentivo à leitura produzida pelos alunos do 2ºano - turma pp02/2003 - do curso de Publicidade e Propaganda da UNIFACS - Universidade Salvador. Adaptação do texto por Guiomar de Grammont.

MACHADO DE ASSIS, 100 ANOS DEPOIS

Segundo a Newsweek, aquele que foi um dos maiores escritores brasileiros continua a não ser reconhecido fora do Brasil.

“By the time the Brazilian novelist Joaquim Maria Machado de Assis died in 1908, he had authored nine novels, four volumes of poetry, eight short story collections, more than a dozen plays and numerous essays. He had been named an official of the Order of the Rose for literary achievement, and had been the first president of the Brazilian Academy of Letters, which he had helped to found. His funeral was a public affair, attended by cultural and political figures—flowers were piled so abundantly on his body that they threatened to cover his face. Afterward, the newspaper Jornal do Brasil declared, "His death was a national loss." Outside the country, however, his passing hardly registered.”

- ler aqui o artigo completo na Newsweek.



No último número, a revista Veja refere-o como o “mais universal dos escritores brasileiros”.

“O mulato de origem humilde que nunca frequentou uma universidade e quase nunca saiu do Rio de Janeiro é o mais universal dos escritores brasileiros. (...) Machado é daqueles autores que não basta ler: o leitor precisa freqüentá-lo. É o clássico brasileiro por excelência – e um clássico se mede por sua atualidade. "

- ler aqui o artigo completo da Veja.



No centenário da sua morte, mais sobre o escritor, por Manuel Poppe no JN:

"Se Joaquim Maria Machado de Assis fosse vivo, morria hoje. Em suma: há 100 anos, faleceu na sua velha casa do bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro, "o mais amargo e amável cínico das letras portuguesas e brasileiras."

- ler aqui o artigo completo no JN.

domingo, 28 de setembro de 2008

“OS LUSÍADAS” EM MIRANDÊS

“Está concluída a tradução de "Os Lusíadas" para língua mirandesa. A tradução do épico de Luís de Camões demorou cerca de cinco anos, sendo da autoria de Amadeu Ferreira, sob o pseudónimo de Fracisco Niebro. A tradução foi publicada de forma regular no semanário regional " Nordeste".”

- ler aqui a notícia completa no JN.

DOS GUIAS DE VIAGEM

No Hole Horror, de jcd.

“Foi com os romances que fiz as primeiras viagens, vi paisagens longínquas, cheirei odores espantosos, senti humidade dos trópicos, a areia do deserto ou o vento frio e seco do norte. Conheci gentes bizarras de costumes estranhos, famílias polígamas, mulheres que viviam separados dos homens, e rígidos rituais para casar. Antes de saber História, já sabia as histórias. O mesmo se passou com alguns filmes clássicos: antes de saber do Desembarque de 1944, já tinha visto O Dia Mais Longo, e nas praias da Normandia procurava os soldados que vi no filme. Posso ainda não conhecer os locais, mas eles já existem em mim, e parece que procuro nas terras novas que vejo a nostalgia dos romances lidos.

Aliás, pensando bem, talvez não seja só nas viagens que a nostalgia dos romances lidos é procurada.”