terça-feira, 26 de maio de 2009

"ESCRITORES POR CONVITE"

"As eficazes estratégias de promoção em que assentam estas edições - apresentações nas grandes superfícies, cobertura televisiva e compra de espaços nas principais cadeias de vendas - dispensam até as recensões críticas, cujo poder se situa mais no domínio da legitimação no seio literário do que propriamente em mais-valias comerciais visíveis.

António Guerreiro, jornalista do "Expresso", não estranha a dimensão do fenómeno, que atribui "ao absoluto domínio, em todo o espaço público, das chamadas figuras mediáticas". Mas não só: "O domínio da edição tornou-se permeável a esta lógica do espectáculo a partir do momento em que a indústria livreira passou a dirigir-se aos consumidores e já não aos leitores".

Para o também crítico literário José António Gomes (JAG), a eclosão desta tendência nada tem de surpreendente e traduz apenas a superficialização crescente do sector editorial, bem evidente na "concentração do meio em três ou quatro grupos" e na "mediatização crescente da sociedade"."

- ler aqui o artigo de Sérgio Almeida no JN Online.

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